Redação (06/08/2011, Virgo Flos Carmeli) Não existia computador, nem copiadora, nem sequer a velha máquina de escrever. E ainda não havia imprensa. Não obstante, os medievais foram capazes de transmitir à Civilização Ocidental todo o imenso legado cultural e filosófico das civilizações grega e romana, obras literárias e manuscritos de um mundo que deixara de existir, demolido pelas invasões bárbaras do fim da Idade Antiga. Como conseguiram tal proeza, sem o auxílio das técnicas de impressão inventadas e desenvolvidas séculos mais tarde?
A resposta a essa pergunta, podemos encontrá-la nos mosteiros e abadias da Igreja Católica (única instituição resistente aos ataques das hordas bárbaras), os quais, além de exercerem um enorme papel na formação cultural, moral e religiosa da sociedade, recolheram, entre outros, os escritos de autores gregos e latinos, como Aristóteles e Heródoto, Cícero e Virgílio, Santo Agostinho e Boécio, sem contar os manuscritos do Novo Testamento, multiplicando-os mediante um trabalho paciente, cuidadoso e organizado.
Foi esse o ingente labor de uma plêiade de despretensiosos monges copistas, cujos nomes a História não nos legou. Como sugiram? E qual a importância de seu trabalho para o desenvolvimento da Civilização Ocidental?
Um mundo convulsionado
A transição do mundo clássico para a Idade Média deu-se com a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.) e a intensificação das invasões bárbaras na Europa, originando o caos e a destruição do que restava de civilização.
A conversão de Clóvis e do povo franco, no ano 496, marcou o início de um processo de cristianização que levaria ainda quatro séculos para se completar no Ocidente europeu. Com as adesões das populações ao Cristianismo, aos poucos se foi observando um progresso de toda a sociedade, não só no terreno espiritual, mas em todos os campos da atuação humana, dando origem ao florescimento da Civilização Cristã.
A paz estava, contudo, longe de reinar na Europa, pois hordas de bárbaros continuavam a assolar tudo o que viam pela frente. “Destruíam vidas humanas, monumentos e o equipamento econômico”, tendo como resultado a “queda demográfica, perda de tesouros de arte, ruína das estradas, ateliês, depósitos, sistemas de irrigação, lavouras”.1 Dessa maciça devastação não foram poupadas sequer as bibliotecas e coleções de textos.
Nessa dramática encruzilhada da História, os claustros dos mosteiros serviram de refúgio ideal para escritos e documentos de grande valor histórico e cultural. Destacaram-se nessa tarefa o mosteiro de Vivarium, os monges beneditinos e os monges irlandeses, como veremos a seguir.
Mosteiro de “Vivarium”
A história desse mosteiro começou com Cassiodoro, que ocupava o cargo equivalente ao de primeiro-ministro (magister officiorum) de Teodorico o Grande (454-526), rei dos godos orientais e ostrogodos, regente dos visigodos e governante da península itálica. Tendo o domínio dos godos ficado seriamente comprometido, Cassiodoro, aos 65 anos, retirou-se da vida pública. Movido por uma inspiração divina, e sem dúvida pelo exemplo de São Bento de Núrsia, que pouco antes fundara o mosteiro de Monte Cassino, decidiu fundar um mosteiro em terras pertencentes à sua família, nas imediações de Squillace, no sul da Itália.
Vivarium, como foi chamado, está na origem da grande aventura espiritual e intelectual de Cassiodoro, pois ali escreveu ele diversas obras de cunho teológico e filosófico, além de um livro expondo as regras para a transcrição de manuscritos.
Entretanto, sua maior contribuição para a civilização não foram seus escritos, mas o decisivo fomento à cultura e ao ensino naquele conturbado período de transição. Formou uma escola teológica, organizou uma biblioteca, enriquecida com muitos manuscritos gregos trazidos de Constantinopla, e instalou um scriptorium (parte do mosteiro reservada à atividade de copiar textos). Nesse local, os religiosos compilavam e traduziam a Bíblia, os Padres da Igreja e os autores pagãos da Antiguidade, tanto latinos quanto gregos.2
Segundo a tradição, foi esse o primeiro scriptorium da História, e foi também ali que, pela primeira vez, a atividade científica esteve explicitamente incluída entre as ocupações dos monges.3 Ademais, o abade de Vivarium, que era um excelente orador, dedicava-se ao magistério e, segundo alguns autores, antecipou em diversos aspectos a grande instituição medieval da universidade, que surgiu cerca de seiscentos anos depois. Não sem motivo, ele é denominado herói e restaurador da ciência no século VI.4 Seu empenho e insistência foram importantes não só pelas cópias dos textos em si, mas também pelo método de transmissão dos manuscritos e da cultura em geral.
Os textos chegaram a ele, em parte, através dos Padres da Igreja. Tanto os escritos destes, como também os do primitivo monaquismo, distanciaram-se corretamente da produção intelectual do paganismo, estigmatizando-a e dando preferência às Sagradas Escrituras. Era uma atitude destinada a proteger de erros os fiéis nos primeiros séculos da Igreja. Mas alguns autores católicos daquele tempo, entre os quais cabe destacar São Clemente de Alexandria e São Gregório Nazianzeno, acabaram sendo, por ironia, transmissores inconscientes da doutrina de diversos pensadores antigos: para refutar os erros do pensamento pagão, era necessário conhecê-lo. Por isso conservaram em suas bibliotecas as obras desses escritores.
Cassiodoro, por seu lado, selecionava certos textos clássicos para serem copiados. Segundo ele, esses poderiam dotar o estudo bíblico de subsídios científicos, mesmo quando provenientes de autores profanos. Com tal fim, escreveu Institutiones, guia enciclopédico dedicado à conciliação da Bíblia com a herança clássica. Para que a transcrição de certos autores não pusesse em risco a ortodoxia de seus monges, ao invés de simplesmente eliminar algumas obras, o fundador de Vivarium colocava um sinal de atenção nas passagens duvidosas.5
Deste modo, Cassiodoro, nas últimas décadas de sua vida quase secular, foi um grande sistematizador da cultura no Ocidente, de tradição helênica, romana e cristã, abrindo as portas para essa grandiosa realização intelectual no seio dos mosteiros. Apesar de Vivarium ter durado apenas cerca de vinte anos após a morte de seu fundador, seus manuscritos em geral foram conservados. Segundo estudiosos, teriam eles sido enviados provavelmente para a Biblioteca Lateranense em Roma e diversos mosteiros beneditinos, como o de Bobbio, formado por monges irlandeses. Mas a aventura dos manuscritos no Ocidente estava apenas começando…
Os beneditinos
Outro grande marco da história da transmissão manuscrita neste período foi a fundação dos beneditinos por São Bento de Núrsia (480-547).
Ao contrário de Cassiodoro, ingressou jovem na vida religiosa. Por ordem da família, passou certo tempo em Roma para fazer seus estudos, e deu-se conta da enorme corrupção e da decadência moral que reinavam na grande urbe. Alguns anos depois, recebeu uma graça insigne que o fez tomar a firme decisão de dedicar-se à vida eremítica numa austera gruta em Subiaco. Inspirados por seu exemplo, juntaram-se a ele diversos outros varões desejosos de trilhar a mesma via de perfeição. Assim, em pouco tempo foram fundados doze mosteiros nas proximidades de Sacro Speco, com doze monges cada um. Um deles, atualmente chamado de Santa Escolástica, ainda se conserva. Em 529, nasceu de suas mãos o célebre Mosteiro de Monte Cassino, referência para a vida monástica e cultural em toda a Europa.
Em seguida, o santo Fundador introduziu o famoso preceito “ora et labora” e a sua célebre Regra. Esta se difundiu por todo o Ocidente cristão a ponto de ser tomada como modelo não só para a vida monástica, mas para toda a sociedade medieval. Não havia nela um mandato específico para o trabalho de copiar manuscritos, como prescrevia Cassiodoro, contudo seus efeitos na transmissão manuscrita foram ainda maiores para os séculos sucessivos que os da efêmera existência de Vivarium.6
Conforme o capítulo 48 da Regra, os monges deviam dedicar certo tempo à leitura: “A ociosidade é inimiga da alma; por isso em certas horas devem ocupar-se os irmãos com o trabalho manual, e em outras horas com a leitura espiritual”. Mas como se aplicar à leitura sem livros para ler? Foi assim que os princípios de São Bento, implicitamente, favoreceram a tradição manuscrita.7
A expansão dessa tradição seguiu o sucesso dos beneditinos, não sem dificuldades. Copiar uma obra era um trabalho sem dúvida desgastante e demorado. Basta dizer que eram necessários dois ou três meses para copiar um manuscrito de tamanho médio. Não é raro encontrar nos cólofons8 descrições das agruras pelas quais passavam os amanuenses, seja pelo desconforto — às vezes escreviam sobre os joelhos —, seja pela ausência de aquecimento e luz adequada no inverno. Nos cólofons ficaram registradas também interessantes manifestações do autêntico espírito medieval: em alguns havia um pedido de orações pelo copista “cujo nome está escrito no Livro da Vida”; em outros, mais inspirados, dedicavam-se poesias ou acrósticos em honra de Jesus e Maria; por fim, havia copistas que lançavam no cólofon um anátema contra quem ousasse furtar aquele tão custoso códice…
A essas dificuldades somava-se a do alto custo dos pergaminhos. Por essa razão, nos séculos VII e VIII, certos textos de menor interesse foram apagados ou raspados para ceder lugar a outros com maior demanda. O copista reescrevia por cima do texto excluído. Este tipo de manuscrito veio a ser denominado de palimpsesto (do grego πάλιν e ψάω, “riscar de novo”). Hoje em dia, sofisticadas técnicas de recuperação permitem descobrir as marcas “apagadas” dos manuscritos, revelando-nos, por vezes, textos inéditos. Desta forma, aqueles monges, sem saber, estavam preservando num mesmo pergaminho dois, ou até mais textos simultaneamente…
Já no século XI houve um grande avanço na arte de copiar. Entre os beneditinos destaca-se a obra do abade Desidério, que promoveu o grande revigoramento cultural de Monte Cassino.9 O escritor Woods resume muito bem este renascimento beneditino, dizendo que Desidério “tido como o maior dos abades de Monte Cassino depois do próprio Bento, e que em 1086 veio a tornar-se o Papa Vítor III, supervisionou a transcrição de Horácio e de Sêneca, assim como a do ‘De natura deorum’, de Cícero, e dos Fastos de Ovídio”.10 Outro monge do mesmo mosteiro e amigo de Vítor III, o Arcebispo Alfano, “manejava com similar fluência as obras dos escritores antigos, e citava frequentemente Apolônio, Aristóteles, Cícero, Platão, Varrão e Virgílio, além de imitar Ovídio e Horácio nos seus versos”.11 Deve-se mencionar também Santo Anselmo o qual, “enquanto foi abade de Bec, recomendou aos seus alunos a leitura de Virgílio e outros escritores clássicos, embora os aconselhasse a passar por alto trechos moralmente censuráveis”.12
Foi assim que “os monges de Cassiodoro e de São Bento deram a ‘cópia’ para as primeiras edições de Cícero, Virgílio e outros autores clássicos, produzidos pelas primeiras prensas na Alemanha e Itália”.13 Mas ainda viriam os monges irlandeses, que deram um particular empuxo à transmissão cultural escrita.
Os monges irlandeses
Deus não deixa de suscitar para cada época histórica homens providenciais. Na mesma época em que São Bento deixava este mundo, nascia na Irlanda São Columbano, nosso último protagonista.
Veio ele ao mundo por volta do ano 543 na província de Leinster, Irlanda. Após passar quase 25 anos como monge em seu país, sentiu um chamado de Deus que o incitava a pregar o Evangelho em terras estrangeiras. Com doze companheiros se dirigiu à Gália (atual França) e fundou importantes mosteiros em Annegray, Fontaines e Luxeuil, onde escreveu uma Regra, a Regula monachorum. Sob o impulso deste último mosteiro se originaram cerca de duzentos outros.
Tempos depois, por haver reprovado o concubinato do Rei Teodorico, Columbano foi obrigado a deixar a Gália, condenado ao exílio na Irlanda.
Mas, por um fator inexplicável, o navio encalhou a pouca distância da praia e o capitão, vendo nisto um sinal do Céu, renunciou a prosseguir e, com receio de ser amaldiçoado por Deus, reconduziu os religiosos para a terra firme. O santo irlandês, porém, em vez de voltar para Luxeuil, decidiu começar uma nova obra de evangelização. Dirigiu-se para a Alemanha, passando em seguida pela Suíça, onde deixou um discípulo chamado Gallus, que ali fundou a importante abadia de São Galo. Chegou por fim à Lombardia, Itália, onde fundou o célebre Mosteiro de Bobbio, fonte da energia espiritual e intelectual daquele tempo, a ponto de ser cognominado de o Monte Cassino da Itália setentrional.
São Columbano e seus monges irlandeses foram considerados um dos grandes instrumentos para a salvação da civilização. Esta é a opinião de Thomas Cahill, expressa no livro How the Irish Saved Civilization14 (“Como os irlandeses salvaram a civilização”). Essa obra passou dois anos na lista de best-sellers do jornal New York Times, chegando a alcançar a segunda colocação, e foi traduzida para diversas línguas, atingindo uma tiragem de 1,25 milhão de cópias. A sua tese, considerada polêmica por alguns críticos, é basicamente que os irlandeses, mais especificamente os monges, de fato salvaram a civilização das ruínas decorrentes da barbárie. São Patrício (389-461?) deu o primeiro passo, incentivando os estudos e a instrução dos monges, e também dos leigos. São Columbano complementou o seu trabalho de promoção da cultura. Sua obra tomou grandes proporções ao formar mais uma frente de monges copistas no começo da Alta Idade Média.
Mas os monges de Columbano possuíam certas peculiaridades. Segundo Cahill, eram eles bastante obstinados e copiavam toda e qualquer obra que lhes caísse nas mãos.15 Não é por menos que a Abadia de Bobbio chegou a possuir a maior biblioteca do Ocidente. Um catálogo do século IX nos atesta sua extraordinária riqueza: possuía já naquela época uma coleção de 600 a 700 títulos, tanto de autores sacros quanto de clássicos, entre estes: Terêncio, Lucrécio, Virgílio, Horácio, Pérsio, Juvenal, Marcial, Ovídio, Valério, Flaco, Claudiano, Ausônio, Cícero, Sêneca e Plinio.16
Além disso, deve-se à Abadia de Bobbio cópias de alguns dos mais antigos manuscritos latinos ainda hoje conservados. Tais relíquias nos demonstram não somente o valor literário, mas também artístico dos códices produzidos pelos monges irlandeses e seus discípulos. Nas ornamentações, destacam-se as detalhadas e floreadas iniciais e um estilo de caligrafia típico que influenciou diversos mosteiros. As ilustrações eram verdadeiros tesouros: podiam ser coloridas com ouro e lápis-lazúli, entre vários outros recursos.
A tradição musical também foi objeto de suas atividades. Saltérios, antifonários, sequenciários, graduais e todo tipo de códices litúrgicos — breviários, lecionários, martirológios, missais, etc. — atestam a grande formação cultural dos monges.17 No acima mencionado mosteiro de São Galo surgiu um sistema de notação de neumas para o canto gregoriano que permitia preservar de forma escrita a tradição melódica, influenciando grande parte da Europa Central e Oriental.18 Tal sistema, preservado pelo Codex Sangallensis 359, escrito entre 922-925, ainda é referência para a interpretação da semiologia do Canto Gregoriano.
Exemplo de sabedoria, perseverança e ascese
Diante desse quadro, O’Connor afirma categoricamente a respeito dos monges copistas: “Sem os seus esforços inteligentes e infatigáveis, a literatura grega e latina teria desaparecido tão completamente quanto a literatura da Babilônia e da Fenícia”.19 Do empenho benfazejo de tão poucos indivíduos, verdadeiros heróis anônimos, dependeu o destino cultural do Ocidente.
Gradualmente, sobretudo com a criação das universidades no século XII, a tradição manuscrita transcendeu o scriptorium dos mosteiros para todas as classes da sociedade: clero secular, freiras, notários, escribas profissionais, professores, estudantes, etc.20 Mas nesse tempo a transmissão dos textos já estava salvaguardada. A Europa, soerguida, havia ultrapassado os duros momentos de transição do mundo clássico para o medieval.
Os monges, portanto, além de nos transmitirem os textos, o que de si já é algo extraordinário, deram-nos exemplo de sabedoria, perseverança e ascese, ao legar para os séculos seguintes a tradição cultural cristã e a clássica. Não se pode calcular com precisão a enormidade das consequências desse diligente empreendimento. Nem dizer o que seria da cultura ocidental hoje, se esses monges, por exemplo, tivessem sido exterminados pelas hordas bárbaras ou simplesmente esmorecessem naquele momento crucial. O certo é que o destino da Civilização Ocidental passou por suas mãos. ²
Diác. Felipe de Azevedo Ramos, EP
1 LE GOFF, Jacques. La Civilisation de l’Occident médiéval. Paris: Arthaud, 1967, p.59.
2 Cf. JONES, Leslie W. The Influence of Cassiodorus on Mediaeval Culture. In: Speculum. N. 4, v.XX (Oct., 1945); p.433-442, aqui p.434; CASSON, Lionel. Libraries in the Ancient World. New Haven: Yale University, 2001, p.144.
3 Cf. FRANZ, Adolph. M. Aurelius Cassiodorus Senator: ein Beitrag zur Geschichte der theologischen Literatur. Breslau: Aderholz, 1872, p.42.
4 Cf. GODET, Pierre Julien. Cassiodore. In: VACANT, Alfred, MANGENOT, Eugène, AMANN, Emile. Dictionnaire de Théologie Catholique. Paris: Letouzey et Ané, 1901, v.II, c.1833.
5 Cf. LERNER, Frederick Andrew. The Story of Libraries: From the Invention of Writing to the Computer Age. New York: Continuum, 2001, p.39.
6 Cf. REYNOLDS, Leighton Durham and WILSON, Nigel Guy. Scribes and Scholars: A Guide to the Transmission of Greek and Latin Literature. Oxford: Clarendon, 1974, p.74.
7 Cf. Idem, ibidem.
8 Arremate de um manuscrito, contendo o título da obra, nome do autor, etc.
9 Cf. NEWTON, Francis. The Desiderian Scriptorium at Monte Cassino: The “Chronicle” and Some Surviving Manuscripts. In: Dumbarton Oaks Papers. 1976, v.XXX, p.35-54. Ver também obra relacionada de NEWTON, Francis. The Scriptorium and Library at Monte Cassino, 1085 – 1105. Cambridge [u.a.]: Cambridge University, 1999.
10 WOODS Jr., Thomas E. Como a Igreja Católica construiu a civilização Ocidental. São Paulo: Quadrante, 2008, p.40-41.
11 Idem, ibidem.
12 Idem, ibidem.
13 PUTNAM, George Haven. Books and Their Makers During the Middle Ages; A Study of the Conditions of the Production and Distribution of Literature from the Fall of the Roman Empire to the Close of the Seventeenth Century. New York: Hillary House, 1962, p.26.
14 Primeira edição em Nova York: Nan A. Talese/Doubleday, 1995.
15 Cf. CAHILL, Thomas. How the Irish Saved Civilization: The Untold Story of Ireland’s Heroic Role from the Fall of Rome to the Rise of Medieval Europe. Thorndike, Me: G.K. Hall, 1998, p.12.
16 Cf. LAISTNER, M. L. W. Thought and Letters in Western Europe, A.D. 500 to 900. Ithaca, NovaYork: Cornell University, 1957, p.235. Ver também: RICHTER, Michael. Bobbio in the Early Middle Ages: The Abiding Legacy of Columbanus. Dublin: Four Courts, 2008, p.78.
17 Cf. SCAPPATICCI, Leandra. Codici e liturgia a Bobbio: testi, musica e scrittura: secoli X ex.-XII. Città del Vaticano: Libreria editrice vaticana, 2008, p.28.
18 Cf. BELL, Nicolas. Music in Medieval Manuscripts. Toronto: University of Toronto, 2001, p.12-13.
19 O’CONNOR, John B. Monasticism and Civilization. New York: P. J. Kenedy, 1921, p.114.
20 Cf. BISCHOFF, Bernhard. Paläographie des römischen Altertums und des abendländischen Mittelalters. Berlin: Schmidt, 2004, p.65.