Nascido no dia 15 de agosto de 1939, em São Paulo, Brasil, Mons. João Scognamiglio Clá Dias foi galardoado pela Providência, desde a mais tenra infância, com o dom da contemplação, bem como de grande facilidade para perceber, através de todas as criaturas, a ação de Deus.
No início da adolescência, entrando em choque com a decadência moral e a vulgaridade já reinantes na sociedade daquela época, lamentou não haver quem os combatesse com o devido vigor. Em seu coração de menino desejava ardentemente reverter de algum modo essa situação.
Como primícias dos feitos apostólicos que viria a desenvolver, Mons. João ingressou nas Congregações Marianas. Foi também admitido na Ordem Terceira do Carmo e consagrou-se como escravo de amor à Santíssima Virgem, segundo o método de São
Luís Maria Grignion de Montfort. Inaugurou métodos novos de apostolado, abriu numerosas casas de formação nas quais a vida de oração, o estudo e o cerimonial aliam-se ao apostolado missionário.
Tendo em vista a formação intelectual, espiritual e doutrinária de seus seguidores, Mons. João realizou estudos teológicos tomistas com grandes catedráticos da Universidade de Salamanca e do Angelicum de Roma.
Ademais de cursar Direito na tradicional Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo, também licenciou-se em Humanidades pela Pontifícia Universidade Católica Madre y
Maestra, de Santo Domingo, República Dominicana; obteve o mestrado em Psicologia pela Universidade Católica de Bogotá, Colômbia; doutorou-se em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino (Angelicum), de Roma, bem como em Teologia pela Universidade Pontifícia Bolivariana, de Medellín, Colômbia.
Mons. João também é membro da Sociedade Internacional São Tomás de Aquino (SITA), da Academia Marial de Aparecida e da Pontifícia Academia da Imaculada. Foi condecorado em diversos países por sua atividade cultural e científica, recebendo a Medalha de Ciências do México e a Medalha Anchieta, considerada a mais alta honraria da cidade de São Paulo.
Recebeu de Bento XVI o título de Cônego Honorário da Basílica Papal de Santa Maria Maior, em Roma, e Protonotário Apostólico. E também foi condecorado, pelo mesmo Papa, com a medalha Pro Ecclesia et Pontifice, em reconhecimento por toda sua obra a favor da Santa Igreja.
Em 1999 decidiu fundar a Associação Privada de Fiéis Arautos do Evangelho, que recebeu a aprovação pontifícia do Papa São João Paulo II no dia 22 de fevereiro de 2001.
Sob as bênçãos da Cátedra de Pedro, em pouco tempo a associação expandiu-se por 78 nações e passou a englobar ampla e brilhante realidade, constituída em sua maioria de jovens.
Missões marianas em paróquias, Apostolado do Oratório “Maria, Rainha dos Corações”, visitas às famílias, cárceres e hospitais, serviços de mala direta para milhões de pessoas, Revista Arautos do Evangelho, Projeto Futuro e Vida nas escolas, TV-Arautos, e o Fundo de Ajuda Misericórdia são algumas das atividades desenvolvidas nos mais variados campos da sociedade.
Procurando, com o auxílio da graça, manter sempre o celibato e a castidade prometidos a Deus há várias décadas, brotou nele o entranhado desejo de trilhar as vias sacerdotais, culminando assim, quanto à forma, sua caminhada de doação total a Deus e à causa da Santa Igreja.
Assim, em 15 de junho de 2005, com outros 14 membros dos Arautos do Evangelho, Mons. João foi ordenado Sacerdote na Basílica de Nossa Senhora do Carmo, em São Paulo. Fundou, assim, a Sociedade de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli, aprovada por Sua Santidade Bento XVI, por decreto datado de 21 de abril de 2009.
Graças ao apostolado realizado por Mons. João, floresceu também um numeroso grupo de moças desejosas de se entregarem a Deus segundo o carisma dos Arautos do Evangelho, aplicado às especificidades da vida religiosa feminina. Receberam elas sua estrutura definitiva em 25 de dezembro de 2005, com a fundação da Sociedade de Vida Apostólica Regina Virginum, aprovada poucos anos mais tarde, em 26 de abril de 2009, pelo Papa Bento XVI.
Ademais de abrir numerosas escolas secundárias em várias cidades do Brasil e em diversos países, Mons. João também fundou, no âmbito do ensino superior, o Instituto Filosófico Aristotélico-Tomista e o Instituto Teológico São Tomás de Aquino, bem como o Instituto Filosófico-Teológico Santa Escolástica, e também a revista científica Lumen Veritatis.
Sob a orientação e o estímulo de Mons. João surgiram os cooperadores dos Arautos do Evangelho, abnegados voluntários que dedicam o tempo disponível, em meio às suas obrigações familiares ou profissionais, à evangelização segundo o carisma da instituição. Trajam eles uma característica capa branca com cruz vermelha.
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