A prova da existência de Deus pelas cinco vias de São Tomás de Aquino

Redação (09/03/2011, Virgo Flos Carmeli) Ao observarmos o curso da história veremos que não faltou quem negasse a real existência de Deus. Poderíamos lastimar o fato de tais pessoas não serem dotadas do dom da fé. Pois à primeira vista parece que o conhecimento de Deus é fruto deste dom.

Ora, São Tomás de Aquino faz a demonstração de provas meramente naturais acerca da existência de Deus. A própria razão humana é capaz de chegar à ideia da existência do Criador. Por isso, não admitir a existência de Deus não é racional, mas sim apoiar-se num vago e convencional dogma de negação.

A doutrina da Igreja sobre a existência de Deus funda-se na Revelação, todavia a simples filosofia humana é capaz de vislumbrar a Deus, bem como alguns de seus atributos. São Tomás de Aquino, o maior teólogo da História da Igreja, teve o mérito de reunir e explicitar estes conceitos sobre a existência de Deus[1].

Este santo, conhecido como Doutor Angélico, distingue cinco caminhos pelos quais nossa inteligência pode admitir a existência de Deus. O plano das cinco vias é altamente claro, simples e didático.

Primeira via: a prova pelo movimento

A primeira via de raciocínio para chegar ao conhecimento da existência de Deus é a prova do movimento. Em linguagem corrente, movimento significa mudança de local. Ao andar de um lugar para outro, exerço um movimento. No entanto, há também um outro sentido da palavra movimento. O movimento significa qualquer modificação dos seres.

Em outras palavras, há dois tipos de movimento: o primeiro é o movimento de lugar dado na locomoção que um ser corpóreo faz, de um lugar ao outro; o segundo, é o movimento de sucessão que ocorre no crescimento de uma criança até o seu pleno grau de amadurecimento. Ambos movimentos são facilmente perceptíveis pelos sentidos.

Antes do movimento todos os seres estão em potência[2], isto é, possuem uma possibilidade de se tornarem diferentes do que são. Em filosofia este fenômeno denomina-se atualizar-se. Um corpo frio em ato pode vir a ser quente, ou seja, ele é quente em potência. Movimento é, portanto, qualquer passagem de potência para ato (Atualização). Em outras palavras, o ato é a realização enquanto a potência é a possibilidade de realização. Por exemplo, uma semente em ato é uma semente, mas em potência, é uma árvore.

O movimento não é a sucessão de dois estados, mas a passagem que um ser faz de um estado para o outro. Por exemplo, o fogo que é quente em ato, torna a madeira que está em potência para o calor, quente em ato. Deste modo, há uma realidade que permanece sob os dois estados, e a mudança consiste em receber a atualização do segundo estado (frio), pelo qual a coisa (a madeira) fica agora existindo de outro modo (quente), isto é, modificada. A mudança portanto inclui sempre uma aquisição de algo que antes o ser não possuía.

Dado ser evidente a todos, esta experiência dos sentidos, São Tomás a toma como ponto de partida da primeira via racional a provar a existência de Deus: “Nossos sentidos atestam, com toda certeza, que neste mundo algumas coisas se movem. Ora, tudo o que é movido é movido por outro. Nada se move que não esteja em potência em relação ao termo de seu movimento; ao contrário o que se move o faz enquanto se encontra em ato” (S. Th. I, q.2, a. 3).

Tudo se move, tudo muda, tudo passa de um estado para outro, não somente no sentido do movimento local, mas de mudança substancial, como na geração de novas substâncias (a madeira pode se tornar carvão). Também acidental, como o aumento ou diminuição quantitativa (o filhote cresce e torna-se adulto). E como variação quantitativa, quer na ordem material quer na ordem espiritual (maior peso, mais graça).

Assim, se o que move é também movido, o é necessariamente por outro, e este por outro ainda. Ora, não se pode continuar até o infinito, pois neste caso não haveria um primeiro motor, por conseguinte, tampouco outros motores, pois os motores segundos só se movem pela moção de outro motor. Logo, é então necessário chegar a um primeiro motor, não movido por nenhum outro, e este, todos entendem: é Deus” (S. Th. I, q.2, a. 3).

O Primeiro Motor – Deus – é puro ato, existência subsistente. Deve ser ato, pois sendo movente, deve ter em ato a perfeição que ele comunica; deve ser puro, sem mistura de potencialidade, pois é movente imóvel e imutável. Logo, o movente imóvel é puro ato enquanto existente: é a Existência mesma subsistente[3].

Só é independente na sua atividade quem é a própria atividade, e só é a atividade quem é a existência; só comunica a perfeição quem produz a existência desta, e só pode ter por efeito próprio “fazer existir” quem é a existência. Logo, o primeiro movente imóvel é a sua existência: DEUS.

Segunda via: prova pela causa eficiente

Conforme a primeira via, uma semente tem a possibilidade de tornar-se (atualizar-se) em árvore. Já na segunda nos deteremos em mostrar que a semente para ser árvore, necessita de causas entre si subordinadas, ou seja, que dependam umas das outras no agir e no existir. Sem a terra, o ar, a água, o sol, etc., a semente não encontraria condições para o seu desenvolvimento. Assim, o clima e as substâncias que alimentam a planta são causas de vida para o vegetal. Seria portanto uma loucura afirmar que a semente é causa de si mesma, pois para ser sua própria causa necessitaria existir antes de si mesma.

A segunda via segue substancialmente o mesmo caminho da primeira. Porém, não se baseia na mudança e passividade dos seres, e sim, na dependência e causalidade que há nas atividades deles. É muito clara a semelhança entre a primeira e a segunda via, pois ambas nos levam à necessidade de uma causa inicial. Entretanto, consideramos anteriormente a existência e a necessidade de uma causa motriz, e agora trataremos de considerar a obrigatoriedade de existir uma causa eficiente[4].

Ao observarmos a criação, notamos nas coisas sensíveis uma relação de causas. Desta forma, não se pode encontrar um ser que seja sua própria causa eficiente. Sendo a causa anterior ao efeito, seria absurdo, considerar um ser que fosse a sua própria causa eficiente, pois seria ele anterior a si mesmo. Entretanto não é possível levar ao infinito a série de causas eficientes. Isto posto, ficam evidentes duas possibilidades: que algo seja causa de si próprio e que a série de causas seja remontada ao infinito.

Há, pois, uma ordem de causas em que a primeira é a causa da segunda, esta, da terceira e assim sucessivamente até a última. Tanto numa causa intermediária que une a primeira à última como numa variedade de outras causas intermediárias, a causa primeira é a causa do último efeito, de tal forma que suprimindo a causa suprime-se o efeito, e se não há um primeiro termo nas causas, não haverá nem intermediário nem último. As causas intermediárias são, por conseguinte, efeitos da causa originária. Não se admite efeitos sem causa, segundo o princípio básico de causalidade[5].

Assim, as causas subordinadas dos seres levam-nos direta e imediatamente a uma causa eficiente primeira com certo atributos:

Esta causa é Infinitamente perfeita, porque sendo a existência mesma subsistente, é tudo o que pode existir, isto é, todos os modos de ser, todas as perfeições; Imaterial, porque a matéria é potência. Ora, a causa primeira não sofre mudanças por ser ela ato puro; Inteligente, porque a imunidade e exceção da matéria é a causa da faculdade intelectual, que se caracteriza por se fazer atualmente inteligíveis as formas materiais abstraindo-as da matéria e das condições da matéria; Não subordinada e incausada, pois não pode ser causada por outra, caso contrário não seria a primeira, nem poderia ser absolutamente independente no agir e no causar[6]. A esta causa eficiente primeira chamamos: DEUS.

Terceira via: prova pelo ser necessário

A terceira via também faz o caminho semelhante ao das anteriores. Entrando mais intimamente na essência dos seres do universo, procura o ponto de partida na entidade destes seres contingentes, ou seja, dependente de outro ser necessário para existir.

O contingente[7] é qualquer ser que existe, mas poderia não existir, por não ter em si mesmo, em sua essência, a razão de sua existência. Por exemplo, uma criança para se desenvolver e sobreviver necessita de minerais, vitaminas, nutrientes, etc., encontrados no leite materno. A criança é contingente ao colo da mãe.

Agora, a ideia de contingente está em oposição à de necessário. O necessário é, pois, o ser existente que de modo algum pode não existir, porque tem em si a razão absoluta de sua existência. Contendo na sua própria essência a sua existência, seria absurdo não existir. Expostos os conceitos de contingente e necessário chega-se a uma conclusão óbvia que a existência do contingente está justificada no ser necessário que a comunica.

Com efeito, tudo o que pode ser ou não ser, é mutável. Já que o ser necessário tem que ser imóvel, como São Tomás demonstrou na primeira via, não há nele possibilidade de ser ou não ser. Desta forma, todo ser que é, e que é impossível que não seja, é necessariamente. Porque a possibilidade de existência e de não existência significa a mesma coisa. Além disso, os seres que possuem a possibilidade de ser ou não ser necessitam de outro ser que seja distinto deles, que lhes comunique o ser, por ter aptidão na sua natureza para tal. Visto que o ser que comunica o existir é anterior ao que recebe, é necessário afirmar a existência de um ser anterior ao que possui a privação de ser por si. Em última análise, nada existe senão pelo ser que é a existência subsistente, nada possui a beleza senão pela beleza subsistente, nada possui o bem senão pela bondade subsistente, nada está em ato senão pelo ato puro[8].

Admitir um contingente existente incausada, é admitir um ser que tem e não tem em si a razão suficiente de sua existência: o que é contraditório. Logo, a existência do contingente implica forçosamente a existência da sua causa. Esta causa existe necessariamente por si ou o recebe de outrem a sua existência. Ora, sem um ser que exista por si mesmo, nada existe, pois alguma coisa não pode vir a ser do nada: deste modo nada existiria. Por conseguinte, não pode uma série ser contingente sem que haja fora dela um ser primeiro não causado, que possua na sua essência sua existência e possa ser a fonte da essência dos seres.

Portanto, os seres contingentes exigem a existência de um ser que não tenha começado a existir; um ser não causado, que exista por si mesmo, que tenha existido sempre e que seja necessário aos demais. Este ser necessário encontra na sua própria essência sua existência que é infinita, caso contrário estaria criando outro ser infinito e necessário, e este, outro e assim sucessivamente. Ora, a série de contingência segue ao infinito. Assim, os seres criados têm por um lado a essência e, por outro, tanta existência quanto sua essência possa permitir, ou seja, têm uma limitação própria à sua essência[9]. Desta forma, é necessário afirmar a existência de um ser necessário por si mesmo e que é a causa e a necessidade de todos os outros: DEUS.

Quarta via: prova pelos graus de perfeição dos seres

Esta via não evidenciará a mudança, a atividade, a geração ou corrupção, mas a limitação com que certas perfeições existem nos vários seres. Em outras palavras, os graus de bem que residem nas criaturas.

Vemos nos seres que uns são mais ou menos bons, verdadeiros e nobres que os outros. Assim, ninguém duvida que o homem é mais perfeito que o animal; o animal mais que o vegetal; e este mais que o mineral. O mesmo deve-se dizer da bondade, da verdade, da nobreza e das outras perfeições semelhantes, as quais encontra-se em todos os seres segundo uma diversidade de graus, em virtude da qual alguns  seres são mais perfeitos que outros.

São Tomás de Aquino observa que “encontra-se nas coisas algo mais ou menos bom, mais ou menos verdadeiro, mais ou menos nobre etc. Ora, mais e menos se dizem de coisas diversas conforme elas se aproximam diferentemente daquilo que é em si o máximo”.[10]

Em outras palavras, “mais ou menos” não diz respeito às coisas em si, mas sim, no tanto em que elas se aproximam em graus diversos do que é em grau máximo. Por exemplo, algo torna-se mais frio quando se aproxima do frio em grau máximo. Desta forma há algo que é em grau supremo o bem, a verdade, a nobreza e, por sua vez, o grau máximo do ser. Assim, o que é o grau máximo do gênero é causa e medida de todo esse gênero: O gelo que é grau máximo de frio, é causa e medida de todo frio.

Da existência destas perfeições limitadas e graduadas deduz-se a existência de um ser perfeitíssimo. Ser sublime no qual residem todas as perfeições em seu grau sumo. João Ameal conclui que, “Há, então, um ser soberanamente belo soberanamente bom, soberanamente perfeito. Mas aquilo que é soberano, supremo em algum gênero, é causa de todos os seres do mesmo gênero”.[11]

Já Santo Agostinho se refere aos antigos filósofos por terem visto que em todas as coisas mutáveis o modo pelo qual um ser é o que é só lhe virá do ser verdadeiro e imutável por essência:

“Compreenderam, além disso, que em todo ser que muda, toda forma que o faz ser o que é, qualquer que seja sua natureza e os seus modos, não pode ela mesma existir senão por Aquele que é verdadeiramente porque é imutavelmente. É daí que, quer seja o corpo do mundo inteiro, a sua estrutura, as suas propriedades, o seu movimento regular, os seus movimentos escalonados do céu à terra e todos os corpos que ele encerra; quer seja toda a vida: a que sustenta e mantém o ser, como nas árvores; a que, além disso, possui sensibilidade, como nos animais; a que acrescenta a tudo isto a inteligência, como nos homens; ou a que, sem necessidade de mantimentos, se mantém, goza de sentimentos e de inteligência como nos anjos, não pode manter o seu ser senão d’Aquele que simplesmente é”.[12]

Por esta razão, São Tomás ao explicar que “se alguém indo a uma casa e desde a porta fosse sentindo calor e cada vez que mais nela penetrasse mais calor sentisse, evidentemente perceberia que havia fogo no seu interior, mesmo que não estivesse vendo o fogo. Acontece o mesmo conosco ao considerar as coisas deste mundo. Todas as coisas estão ordenadas conforme diversos graus de beleza e de nobreza, e quanto mais estão próximas de Deus, tanto melhores e mais belas são. Ora, os astros são mais nobres e mais belos que os corpos inferiores; as coisas invisíveis, que as visíveis”.[13]

Deste modo a quarta via, para achar a razão suficiente das perfeições existentes no mundo, nos conduz necessariamente à existência real de um Ser perfeito, único e simples, o qual é evidentemente distinto dos seres do universo: DEUS.

Quinta via: prova pela ordem do universo

Se considerarmos a ordem existente no universo, desde os componentes microscópicos existentes numa planta até os gigantescos astros do firmamento; a harmonia, a atividade e relação entre eles, facilmente chegamos à seguinte conclusão: houve uma Inteligência que criou e ordenou tudo isto, caso contrário seria absurdo dizer que isto é fruto do acaso.

“De fato, apenas a inteligência pode ser razão da ordem, quer dizer, da organização dos meios em vista de um fim, ou dos elementos em vista do todo que eles compõem: os corpos ignoram os fins e, por conseguinte, se os corpos ou os elementos conspiram em conjunto, é necessário que sua organização tenha sido obra de uma inteligência”.[14]

Os seres que carecem de conhecimento não podem rumar aos seus respectivos fins sem que haja um ser que conheça tais fins. Assim, uma flecha não pode atingir o alvo sem o arqueiro que a dispare. Garrigou-Lagrange explica que:

“os seres privados de razão não tendem a um fim se não são guiados por uma inteligência, como a flecha pelo arqueiro. Com efeito, uma coisa não pode estar ordenada à outra senão por uma causa ordenadora, que necessariamente deve ser inteligente, ‘sapientis est ordinare’. Por que? Porque só a inteligência conhece a razão de ser das coisas”.[15]

Isto posto, que inteligência ordena o universo? Obviamente há de ser diferente dos seres da natureza, porque os minerais e vegetais são desprovidos da ciência das coisas e os animais não possuem intelecto. Deve ser também diferente da inteligência humana, que apesar de perceber e explicar a ordem que existe, não a cria. Tem que ser, pois, a suma inteligência, dado que a ordem do universo supõe um ser que possua a ciência de todos os seres e suas propriedades. Por isso conclui Garrigou-Lagrange:

“Os animais conhecem sensivelmente o objeto que constitui seu fim, mas neste objeto não percebem a razão formal do fim. Por conseguinte, se não houvesse uma inteligência ordenadora, que governasse o mundo, a ordem e a inteligibilidade, que há no universo e que as ciências descobrem, proviria da inteligibilidade, e ainda mais, nossas próprias inteligências proviriam de uma causa cega e ininteligível; uma vez mais, o mais sairia do menos, o que é absurdo”.[16]

É indispensável afirmar que a Inteligência Criadora e Ordenadora do universo é Infinita e Divina. Um ser natural, na sua criação não é precedido por nada e suas propriedades e capacidades provém de sua própria essência. Daí a ordem interna de cada ser e, por consequência, das relações destas essências entre si, resulta a ordem externa do universo.

Sendo a causa total de toda ordem, o Autor destas essências deve ser também Criador, por tirá-las do nada. Portanto a Inteligência ordenadora é também Criadora. Ademais, esta inteligência não pode ter sido criada, porque seria como qualquer outro ser existente e não ordenaria, mas seria ordenada por uma outra inteligência. Por fim, a Inteligência ordenadora deve ser também por si subsistente e infinita. A este ser Criador, Subsistente por si e Infinito, chamamos: DEUS.

Luiz Carlos da Silva Júnior


[1] Mais especificamente, a que se encontra na Suma Teológica I (q. 2, a. 3).

[2]Com Deus não é assim, pois ele é ato puro, como veremos mais à frente.

[3] Cf. GILSON, Étienne. El Tomismo introducción a la filosofía de Santo Tomás de Aquino. 2002, p. 76.

[4]MONDIN, Battista. Quem é Deus?.Trad. José Maria de Almeida. São Paulo: Paulus, 1997, p. 233. Causa eficiente, é a causa da vinda do efeito a existência. Tudo que existe, é um efeito de uma causa primeira (NICOLAS, Marie-Joseph. Vocabulário da Suma Teológica. In Suma Teológica. 2ª edição. São Paulo: Loyola, 2001, p. 75).

[5] Cf. S. Th. I, q.2, a. 3.

[6] Cf. CERRUTI, Pedro. A caminho da Verdade Suprema. 2º Milheiro. Rio de Janeiro: Universidade Católica, 1955.p. 486.

[7] A noção de contingente recebe um significado mais restrito e é tomado como sinônimo de corruptível, que possui em sua essência uma matéria com potência para receber diferentes formas substanciais, da mesma forma que tem a possibilidade natural de existir.

[8] Cf.  S. Th. I, q.2, a. 3.

[9] SÃO TOMÁS, O ente e a essência, n. 65.

[10] S. Th., q. 2, a. 3.

[11]AMEAL, João. São Tomás de Aquino. Sem data, 269-270.

[12] Santo Agostinho. A cidade de Deus. Trad. J. Dias Pereira. 3ª edição. Coimbra: Fundação Colouste Gulbenkian, 2006. Civitas Dei, 8, 6.

[13] SANTO TOMÁS, Exposição sobre o credo, p.27.

[14]JOLIVET, Régis. Curso de filosofia. Trad. Eduardo Prado de Mendonça. 3ª edição. Rio de Janeiro: Agir, 1957, p.319.

[15]Dios la existência de Dios. Trad. José San Román Villasante. 2ª edição. Madrid: Palabra, 1980, p. 303-304

[16]Dios la existência de Dios. Trad. José San Román Villasante. 2ª edição. Madrid: Palabra, 1980, p. 304.