Redação (14/11/2010, Virgo Flos Carmeli) “Maria conservava todas essas coisas, meditando-as no seu coração” (Lc 2, 19). Eis o exemplo que nos dá Nossa Senhora, quanto a todos os ensinamentos e fatos da vida, paixão e morte de Jesus. Com esse intuito, os seminaristas do Seminário São Tomás de Aquino, encenaram a peça teatral “O rei e o terço”, desta vez na Capela Santa Inês.
O terço é para nós, Católicos, um dos meios mais eficazes de meditar nas cenas evangélicas, pedir a intercessão de Maria, suportar os sofrimentos de nossa peregrinação terrena e alcançar a misericórdia divina. Conta-nos São Luís Maria Grignion de Montfort que Nosso Senhor apareceu um dia a Santa Gertrudes contando moedas de ouro; ela teve a curiosidade de perguntar-lhe o que fazia: Conto – respondeu Jesus – tuas Ave-Marias: é a moeda com que se compra meu paraíso.
Digno de nota é também o que nos narra o Beato Alain de la Roche: Certa vez, uma religiosa muito devota do Rosário apareceu depois da morte a uma de suas irmãs e lhe disse: “Se eu pudesse voltar a meu corpo para dizer somente uma Ave-Maria, ainda que fosse sem muito fervor, para obter o mérito desta oração, sofreria com gosto todas as dores que padeci antes de morrer”. É preciso advertir que havia sofrido durante vários anos sofrimentos atrozes.
Lembremo-nos, ainda, que o rosário consta de duas categorias de orações: mentais e vocais. Estas últimas fazemo-las através da recitação da Ave-Maria, do Pai-Nosso, etc. As mentais, nós a fazemos ao longo do terço meditando nos mistérios da vida de Jesus.
A Santíssima Virgem é para nós um grande modelo de meditação; disse Ela um dia a Santa Brígida: “Quando contemplava a beleza, a modéstia, a sabedoria de meu Filho, sentia minha alma transportada de alegria, e quando considerava que suas mãos e seus pés haveriam de ser atravessados com cravos, vertia uma torrente de lágrimas, partindo-se-me o coração de dor”.
Foi para incentivar esta devoção que o seminaristas maiores e menores da Sociedade Clerical Virgo Flos Carmeli encenaram a peça teatral o “O rei e o terço”, baseado em uma história narrada por São Luís Grignion de Montfort. O enredo da peça trata de um soberano a quem Nossa Senhora protegeu particularmente, pelo simples fato de portar o Rosário. Desejando que os seus súditos honrassem a Santíssima Virgem, e a fim de animá-los com seu exemplo, ocorreu a esse monarca portar ostensivamente um grande Rosário, ainda que não o rezasse. E isto bastou para incentivar todos a rezá-lo devotamente, trazendo inúmeras graças para o reino, e para a conversão do próprio monarca.
Lucas Antonio Pinatti – 2º ano Teologia